Morte, Renascimento e Luz
Matar um amor é uma dor doida e doída
Como faca enfiada no peito
Como voz que ecoa e ninguém ouve
Primeiro sangra
Mas depois que estanca
Aquela cicatriz dura
De quem passou por uma guerra
Matar um amor é uma luta inglória
Sem vencedores
Só o peso do fracasso no processo
E o alívio posterior de libertação da dor
Agora o vazio
Sinta o som do silêncio
Sem conversas noturnas
Ou assalto à geladeira na madrugada
Ao invés do sono pesado
Depois de noites intensas
A insônia
De manhã
Só acorda e levanta
Agora tá escuro
Mas abra a janela
Porque a luz só se propaga na escuridão