Meus Incontáveis Dias.

Meus incontáveis dias.

O passado ruim é como um livro, a gente lê, fecha e guarda, sem muito interesse de ler de novo.

Passado ruim não se conta, só serve para aprendermos lições.

E assim aprendi que o passado também me trouxe coisas boas e então deixo o lado ruim fechado em uma caixinha que não deixa esse passado me atormentar.

E esse passado bom me trás boas lembranças, dias felizes pelos quais passei, principalmente nessa época de festas do final de ano. São doces recordações, as musicas natalinas em propagandas de rádio e tv. As coisas boas do nosso passado merecem ser guardadas com carinho no nosso coração. Elas nos proporcionam lembranças dos melhores momentos que já vivemos e nos servem de conforto quando sentimos saudades daquela época em tempos de criança, adolescência, juventude e também a vida adulta porque fazem parte do ciclo da vida.

Para o meu passado não posso voltar e também não posso mudá-lo. Mas o que foi bom, vou repetir, quando o passado é bom, ele nunca se afasta do presente.

E eu não vou fingir, não preciso disso.

Cada um tem a sua forma de pensar, de agir e viver, e eu sou assim e me sinto muito bem, sei dividir as coisas.

Essa imagem de um pé de Camélias Brancas é uma ilustração que fez parte do meu passado bom quando garoto, quantas vezes me sentei sob á sombra do pé de Camélia Brancas que havia em minha casa pra estudar ouvindo musica num pequeno rádio á pilha ao meu lado ali na grama macia.

Muitas vezes um cochilo (risos), e a tardezinha via as meninas estudantes do colégio de freiras passando pela calçada após a aula, com aqueles uniformes de blusa azul, camisa branca e saia plissada xadrez que as deixava lindas.

Teve uma que começou a ter amizade comigo, era linda, lourinha de olhos azuis, lábios carnudos nunca mais a esqueci, tinha eu lá os meus 9 anos de idade.

Quase todos os dias ela chegava pra ter um dedinho prosa, oferecia o rosto para um beijo e me retribuía com outro beijo, me apaixonei talvez(risos), ela deveria ter uns 14/15 anos.

No Natal daquele ano de 1966 ela me presenteou com carrinho de ferro pra fazer coleção.

Guardei-o por muitos anos até que um dia sumiu ou me roubaram, não sei.

Mas uma coisa que jamais esqueci, o nome dela, um nome lindo pra aquela época, Renata.

E isso fez uma das partes boas do meu passado e dos meus incontáveis dias.

Doces recordações e saudades.

John Novinski.

John Novinski
Enviado por John Novinski em 03/01/2024
Reeditado em 17/01/2024
Código do texto: T7968283
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