Não falarei. Não exortarei palavras com suas semânticas. Com suas fonéticas eloquentes ou melancólicas.
Não falarei. Doravante lhe ofertarei o ouro do silêncio. Os vetores implícitos do olhar.
As dimensões do gesto ou do corpo.
Não falarei. Minha alma doravante é silente. Emudecida entre signos e sintaxe.
Não oferecei gramática às mensagens. Serão todas dadaístas e ainda pior, silentes.
Feitas de brisas, orvalhos ou eco dos ventos. Estará no horizonte esticada a prover de esperança,
a ilusão, o engano ou vaticinio.
Não falarei. Aqui deixarei o silêncio. A semântica enigmática de fascinio.
A semiótica presente e ausente. Reticente ou indecente. Há muita alma exposta e nua.
E, corpos a perambularem numa simples procura.
Deixo a vocês, o mais rotundo silêncio.
Na certeza que pesará mais do que todas as palavras.