2023
O ano das perdas e das despedidas...
Um ano maravilhoso, para dizer adeus.
Um ano em que neguei choros, como sempre nego, mas não os sofrimentos, pois os tais, não se nega, apenas sente...
O tempo em que aprendi que há coisas escondidas no próprio tempo.
O tempo em que comecei a pensar sobre coisas que dão certo, até não dar mais. Sobre coisas que existem, até deixarem de existir. Sobre coisas que vivem, e logo deixam de viver.
Sem dúvida, há algo muito doloroso nessa realidade chamada "viver". O desconhecido estende as mãos, às vezes gloriosas e robustas, outras vezes, feridas, calejadas de sofrimentos nunca pressagiados.
A verdade é que, erra quem deseja sempre acertar. Quem apega-se ao triunfo sem perda, quem pensa poder chegar ao paraíso sem antes experimentar as sombras do madeiro, do calvário, da cruz.
E não se enganem, a razão de dividir tais palavras, não é para que sintam pena. Não há nada mais ofensivo ao homem do que tornar-se inofensivo, refém de olhares de compaixão. Não queiram me convencer do contrário.
Eu amei o caos, amei a dor, amei a cruz.
Guarde a sua pena para quem nela enxerga algo a servir.
Eu ganhei na perda. Eu venci!
Eu sou amado por Deus.