as chaves de Florbela
a nostalgia que sinto do não-nomear-as-coisas
de uma unidade atemporal vagando como fagulha de vida pelo universo
e, no mesmo segundo, quando estabeleço o caos em meu ser inteiro por desejo ou por medo,
me (re)construindo dos retalhos de sonhos e de muitas páginas de experiências
é que me sinto única, menos só, e muito mais repleta de Amor (sem sombras de dor e renúncias). Agora, mais um ponto.
pois, dos muitos aprendizados, decidi não mais pontuar tudo como se esse tudo fosse a minha sútil obrigação
e, ainda ou sem lágrimas, grafando a palavra Amor com inicial maiúscula é quando conheço tão mais o amor da distinção do Amor que espero e propago
o que eu desejo, também, não tem nome, Clarice
e não se torna apenas liberdade sem profunda libertação
talvez, Florbela tenha me ensinado mais pois é na verdadeira loucura da ânsia de permanecer num Amor grandioso que apagamo-nos completamente ou acendemos todas as luzes de todas as estrelas da fé e da esperança
e se eu puder, mais uma vez, grafar Esperança como Amor
e se houver uma interrogação ou nada
pois, aqui, ainda não hei de terminar essa escrita de busca e desabafo
da catarse de mim mesmo em traços infindáveis