DAR-TE A MÃO

 

 

Hoje gostaria de poder dar-te a mão e partirmos...Para onde? Não sei... Não importa para onde, apenas que fosse para fugir desta rotina, que não é citadina, mas acaba por ser... Fugir do frenesi, da confusão, das caras desmacaradas, dos rostos sem feição... Fugir dos olhares fingidos, dos corpos contorcidos, engravatados ou não... Dos sorrisos rasgados enganadores aguçados que pairam na confusão... Poder beber água de uma fonte cristalina, dar um mergulho numa cachoeira, sem roupa... Comer fruta récem apanhada, beber de ti e relaxar... Fugir do calor castrador que me corta os movimentos, tomar banho de chuva, que molha tanta gente... Fugir da realidade, da verdade, matar saudade, de ser diferente no meio de tanta gente... Querer estar presente com a alma ausente... Hoje gostaria de ficar assim contigo sem passado, sem presente... Só o agora... O eternamente... É tão bom... Agarrar em ti, pôr-te no colo, rosto tapado... E partir sem destino destinado... Sem hora marcada para chegar ou partir... Poder não pensar em nada, só dar risada, só ser feliz... Poder esquecer que todo o resto existe... E que podemos ser felizes se por vezes nos deixarmos fugir... Do tudo e do nada... Simplesmente. Fugir! Seguirmos o destino sem onde parar... Somente nos amar.

 

Agradeço a Belíssima Interação da Querida Poetisa

Adrisill

 

Enlace...

 

Entre gotas e cachoeiras,

Chuviscos, chuvas e poças,

Um mundo de brincadeiras,

Alegrias só nossas...

 

Fugir do cansaço da obrigação,

Desfrutar o mormaço do coração,

Em momentos eternos,

Sonhos tão ternos...

 

Nesse enlace rodopia,

Fruta doce degustar,

Em carrossel de magia,

O nós agora eternizar...

 

Adrisill