Poema inacabado
Certas ausências são tão estranhas... Eu sinto sua falta. Das nossas longas conversas em palavras que se completavam magicamente. Dos sabores das descobertas. Mas, eu respeito. Respeito o seu silêncio, o seu tempo, as suas escolhas, o seu processo. Respeito e honro a sua ausência porque já aprendi que ninguém cruza a nossa vida por acaso. E que tudo é aprendizado. A chegada ensina e a partida também. Cada um permanece o tempo exato de cada lição. Um ciclo se completa e precisamos aceitar a distância que se impõe. Deixar ir. E fluir seguindo adiante com a certeza de que foi tudo perfeito, como tinha de ser. Sinto sua falta, mas respeito o seu universo particular. Sua história que eu não conheço. Seus sentimentos. Suas razões. O seu mundo. O meu mundo é esse, daqui eu conheço todas as fronteiras. O tempo foi um grande mestre e me ensinou a separar o que é meu, e o que é do outro. Não houve nada. Nada além de um poema de amor inacabado.
*Si*