RETORNO!

É madrugada fria

Passa triste a ventania,

O pássaros já anunciam novo dia

O vento, nas frestas, aqui e ali, assobia como voz de almas em triste agonia!

Entro em nosso lar,

Sem querer dar mais um passo

Não por dificuldade ou cansaço

Mas pela certeza que não encontrarei, minha amada, naquele espaço!

Então, pergunto aos sete ventos

Que lamuriam sua ausência:

“Onde está minha rainha, vento da madrugada?”

Por onde anda aquela que me recebe em lindas sedas.

Com perfume de flores e especiarias para acelerar meu coração?

Onde está a deusa que me encanta com seu sorriso alvo e confiante, ornado de carmim e emoldurado de covinhas?

Onde se encontra minha Afrodite, que me recebe com mesa farta.

Que me acarinha com mãos macias de aliviar meu cansaço?

Onde acharei minha fulgurosa estrela que me abre o manto, estendendo sua luz, para me receber no calor do seu abraço?

Vem doce templo em forma de mulher, para eu me abrigar no seu interior e ouvir teus cânticos, teus murmúrios de ninar!

Vem!

Quero retribuir à toda felicidade que me proporcionas!

Onde se encontra a musa das minhas lembranças?

Onde caminha a incentivadora da minha força e do desejo de me doar?

Por onde vai aquela que me fez vestir armaduras de cavaleiro prateado e montar o meu corcel para leva la, num galope, até o jardim de flores perfumadas onde nos deitamos e beijos ardentes e íntimos trocamos com intenso desejo?

Onde se encontra a musa das minhas lembranças?

O que te faz ausente? Não te demores!

Achegue-se nobre e linda rainha do meu ser. Vem acomodar-te em nosso leito e pousa tua cabeça no meu peito! Repousa no conforto do meu abraço e esqueça o vento que sopra que o calor dos nossos corpos nos manterá em conforto!

É chegada a nossa hora de gozarmos juntos do revitalizante sono de descanso!

Mas, eis que está vazio nosso leito em penumbras.

Não demore, querida!

Já tenho esperado em demasia.

Durante esses minutos que parecem milênios!

Vem depressa, que eu te darei meu calor e meu afeto como o mais nobre cavaleiro em agradecimento por privar-me da solidão!

Escute me amada! Onde estás?

Em que parte do firmamento brilha minha estrelinha?

Em que oceano minha formosa sereia mergulhou?

Minha companheira, minha amada amiga, confidente e conselheira, onde estás?

Apressa te doce formosa ninfa dos meus sonhos reais!

Tua ausência comigo jaz!

Que o dia te traga a alegria que desejas!

Que a intensidade do meu amor atinja te no infinito do céu de estrelas!!!

Minha formosa visagem!

O que te faz ausente? Não te demores!

Achegue-se nobre e linda rainha do meu ser.

Mas, eis que está vazio nosso quarto em penumbras.

Não demore, querida!

Já tenho esperado em demasia durante esses minutos que parecem milênios!

Tua ausência comigo jaz!

Artemio Bueno
Enviado por Artemio Bueno em 11/12/2023
Reeditado em 11/12/2023
Código do texto: T7951720
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