AMOR QUE NÃO SE MEDE
Ninguém disse que seria fácil. E não foi como eu imaginei. Na verdade, nem sei como eu pensava que seria. Foram dias turbulhentos. Me vi no meio de um furacão. Sem perspectiva de melhora. Os dias pareciam não ter fim.
Quando eu olhava para você me dava um desespero. Medo de não conseguir. De errar. Nada parecia estar bom. Você só chorava e eu não sabia o que fazer. Ninguém nasce sabendo ser mãe. A gente aprende um pouquinho por dia.
Se passaram dois meses. E o amor tem sido construído dia a dia. É um amor que transborda. Não cabe dentro do peito. Eu não me lembro mais da minha vida sem você. Da minha casa sem você. Como pode?
Seus olhinhos. Seu rostinho. Suas mãozinhas pequeninas. Seu sorriso banguela. Seus pezinhos lindinhos. Ahhh como sou apaixonada por esses pezinhos!
É uma mistura de sentimentos. Uma mistura de querer que você durma logo, com dorme no meu colo pra eu não precisar te soltar mais.
São dois meses em que eu não durmo bem mais... não tenho hora certa pra comer... não tomo banhos demorados como antes... não saio despreocupada de casa, sem ter hora pra voltar... Dois meses em que sou requisitada, necessária vinte quatro horas por dia, sete dias na semana. O sono nem sempre descansa. E o descanso nem sempre relaxa.
Mas são dois meses de carinho infinito... vontade de te apertar... te encher de beijinhos... Dois meses de cheirinho de neném... de leitinho azedo... fralda catastrófica.
Eu queria guardar seu cheirinho num pote. Te abraçar e nunca mais soltar. Te proteger de tudo e de todos. Olhar para seus olhos brilhantes, seu sorriso e nunca mais tirar essa imagem da minha mente. Sua pele macia e quentinha. Sua mãozinha segurando meu dedo. Seu cabelo fininho. Aquele som que você faz qdo está mamando, tão gostoso de ouvir!
São setenta e oito dias de amor puro e verdadeiro. Amor que não se mede. Que não cabe. Indescritível. Infinito. Amor único e eterno.