Lembranças da cidade de Jarinu
Da igreja de Nossa Senhora do Carmo,
Dos festejos em sua homenagem,
Da praça logo em frente, quantas lembranças,
Principalmente em dias de festas,
Da barraca do Tião Fusca, onde havia tantas bugigangas,
Do carrinho de pipocas, algodão doce que atraia a criançada,
E principalmente boas lembranças do velho coreto
Que até hoje existe como destaque ao lado da praça,
É neste coreto que se faziam as aberturas das festas,
Em todos os eventos festivos dava-se a abertura da festa através de uma
belíssima banda de músicos todos de Jarinu,
Com muito orgulho posso dizer que meu pai, hoje ( in memóriam )
Fazia parte desta banda,
Ele tocava um instrumento de sopro chamado bombardino,
Quando estavam tocando, mesmo a distância eu o distinguia,
Entre muitos instrumentos, aquele som eu bem conhecia,
Eu sempre dava um jeito, assim que eram anunciados
Eu ficava ali do lado e muito orgulho eu sentia,
Sei que entre o céu e a terra é gigante a distância,
Mas aquele som assoprado por ele,
Jamais sairá de minha lembrança,
Estava feita a abertura da festa,
Muitas coisas eram anunciadas através de um alto falante,
Ao lado ouvia-se os gritos do leiloeiro todo empolgado,
Doações de um povo fiel, havia muitos frangos, leitoas,
Até mesmo bezerros, que eram doados pelos mais afortunados,
Tudo isso aguçavam os olhos do povo festeiro,
E também era uma forma de demonstrar a gratidão à
Nossa Senhora do Carmo, a santa padroeira,
O padre andava apressado, carregava um terço na mão,
Pro meio da festa ia agradecendo, estava sempre em oração,
Rezava pra aquele povo, sentindo orgulho pela cidade,
Ver a igreja sempre cheia, era sua felicidade,
Sempre que passo por lá, volto ao tempo de criança,
A cidade onde nasci e morei, jamais sairá da lembrança . . .