O celular
De vez em quando
Aqui com meus botões
Eu me ponho a pensar
Vendo o meu filho no sofá
Todo concentrado
Devorando o celular
Com aqueles joguinhos
Que nem vou te falar
Se a gente não impor limites
Não quer nem estudar
Ai, começo a me questionar
E aquela minha infância
Onde foi parar ...
Era amarelinha, bolinha de gude, queimada
Correndo pra lá e pra cá
Telefone-sem-fio, jogo da velha, passa-anel
A gente não parava de brincar
Pula corda, pega-pega e esconde-esconde
Correndo sem parar
Nos divertíamos o dia inteiro
Sem ninguém pra questionar
Só parávamos pra dormir
E quando era pra estudar
Mas agora, minha gente
Uma coisa, eu vou falar
Acabou a infância
Com a chegada do celular.
INTERAÇÕES:
- Jacó Filho
CELULAR
Se pudesse, não teria,
Mas do uso me contento,
Porém sua engenharia,
Deu-me muito do que tenho.
Já que foi o meu trabalho,
E seria um ato falho,
Não ver na tecnologia,
As razões do meu empenho...
Se pudesse, não teria,
Mas do uso me contenho...
- Ahavah
Me deu saudades da minha infância,
de pular corda e, de amarelinha,
como era bom os tempos de criança,
éramos felizes e não sabíamos.
E as escapadas, as escondidas,
quando íamos brincar onde a mamãe não queria
e ao voltar pra casa, ainda mentia
onde estavas menina? a mamãe inquiria
ah, eu estava brincando bem ali, na porta da cozinha!