O celular

De vez em quando

Aqui com meus botões

Eu me ponho a pensar

Vendo o meu filho no sofá

Todo concentrado

Devorando o celular

Com aqueles joguinhos

Que nem vou te falar

Se a gente não impor limites

Não quer nem estudar

Ai, começo a me questionar

E aquela minha infância

Onde foi parar ...

Era amarelinha, bolinha de gude, queimada

Correndo pra lá e pra cá

Telefone-sem-fio, jogo da velha, passa-anel

A gente não parava de brincar

Pula corda, pega-pega e esconde-esconde

Correndo sem parar

Nos divertíamos o dia inteiro

Sem ninguém pra questionar

Só parávamos pra dormir

E quando era pra estudar

Mas agora, minha gente

Uma coisa, eu vou falar

Acabou a infância

Com a chegada do celular.

INTERAÇÕES:

- Jacó Filho

CELULAR

Se pudesse, não teria,

Mas do uso me contento,

Porém sua engenharia,

Deu-me muito do que tenho.

Já que foi o meu trabalho,

E seria um ato falho,

Não ver na tecnologia,

As razões do meu empenho...

Se pudesse, não teria,

Mas do uso me contenho...

- Ahavah

Me deu saudades da minha infância,

de pular corda e, de amarelinha,

como era bom os tempos de criança,

éramos felizes e não sabíamos.

E as escapadas, as escondidas,

quando íamos brincar onde a mamãe não queria

e ao voltar pra casa, ainda mentia

onde estavas menina? a mamãe inquiria

ah, eu estava brincando bem ali, na porta da cozinha!

Candio Domingues
Enviado por Candio Domingues em 06/12/2023
Reeditado em 09/12/2023
Código do texto: T7948022
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