Cais da serenidade

Num mar de desilusão, busquei a simpatia,

A empatia que acalma, que traz alegria.

Muito bom, encontrei apenas a amizade, singela,

A moral e a ética, sempre fortes, sem trela.

Pessoas maliciosas, dedos acusatórios,

Universos paralelos, tão distintos e ilusórios.

Tentei, oh, como tentei ser quem deveria ser,

Mas desisti de insistir, deixei-me ao tempo perecer.

O tempo dirá quem tem razão,

Enquanto eu busco paz no meu coração.

Desisto da ilusão do querer sem querer,

E deixo-me levar pela brisa do amanhecer.

Num mar de incertezas, encontro a serenidade,

Deixo para trás a luta, a busca pela verdade.

No silêncio da alma, encontro a minha voz,

E abraço a liberdade, sem medo, sem algoz.

Desisto de insistir, rendo-me à resignação,

Deixo que o tempo cure toda essa confusão.

E no fim, quem tem razão, não importa mais,

Pois encontrei a paz, nas ondas do meu cais.

pedroluizalmeida
Enviado por pedroluizalmeida em 20/11/2023
Código do texto: T7936165
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