Cais da serenidade
Num mar de desilusão, busquei a simpatia,
A empatia que acalma, que traz alegria.
Muito bom, encontrei apenas a amizade, singela,
A moral e a ética, sempre fortes, sem trela.
Pessoas maliciosas, dedos acusatórios,
Universos paralelos, tão distintos e ilusórios.
Tentei, oh, como tentei ser quem deveria ser,
Mas desisti de insistir, deixei-me ao tempo perecer.
O tempo dirá quem tem razão,
Enquanto eu busco paz no meu coração.
Desisto da ilusão do querer sem querer,
E deixo-me levar pela brisa do amanhecer.
Num mar de incertezas, encontro a serenidade,
Deixo para trás a luta, a busca pela verdade.
No silêncio da alma, encontro a minha voz,
E abraço a liberdade, sem medo, sem algoz.
Desisto de insistir, rendo-me à resignação,
Deixo que o tempo cure toda essa confusão.
E no fim, quem tem razão, não importa mais,
Pois encontrei a paz, nas ondas do meu cais.