Muro
Esta difícil a cura.
O curar por dentro,
Sincero e honesto.
O perdão pelas escolhas erradas,
E resultados desastrosos.
E pensar que entre tantas opções,
Enxerguei luz no vale.
E por muito tempo continuei
A caminhar por dentro dele,
Como não acreditar
Que não havia luz alguma no final.
E de tanto caminhar, insisti e me perdi.
Já não adiantava mais tentar voltar,
Pois a escuridão que ficava para trás,
Transformou-se em um muro,
Sem luz, sem volta e intransponível.
Continuei andando no escuro,
Mas em frente...
Agora cansada e sem esperança,
De qualquer luz no final.
Ainda carrego comigo a culpa,
Que são como pedras nas costas.
Não tem volta,
Só tem o fim no escuro.
Helô Silva