Plethora

Plethora, quando te vejo meus órgãos se precipitam. As pupilas se dilatam, minhas mãos formigam e eu te desejo como se você fosse a coisa mais importante do mundo. De fato, enquanto te desejo, você é.

Você anima a pletora do meu organismo, se vejo teus lábios, meus lábios incham e desejo beijar-te intensamente. Minha face se torna rubra, o sangue corre pelo meu corpo como se fugisse de algo. A tua imagem faz meus órgãos transbordarem, os sulcos penianos são encharcados de sangue e eu fico duro como uma pedra. Teu nome e teu cheiro sobre meu corpo denunciam a marca física da metafísica do excesso. O coração palpita como se fosse explodir, não te ter é pior do que a morte.

Da mesma forma, Plethora, sei dos efeitos da minha imagem sobre o teu corpo. Quando chupo a sua vagina ela pulsa, sinto na ponta da língua o sangue preenchendo a carne e irrigando os lábios, teu grelo grita o meu nome. Quando toco os teus seios sinto-os crescendo em minhas mãos, o sangue corre e teu corpo esquenta como se fosse explodir. Negamos a todo custo, mas nosso desejo é matar um ao outro na foda. O sangue é como a pulsão, quer sempre escapar. Quando nos tocamos, nossos corpos transbordam como se fossem explodir, desejamos um ao outro porque juntos nos dissolvemos. Eu poderia morrer com a cara entre as tuas pernas e sei que você morreria com a cara entre as minhas.