Solidão...

Anoitece... chega a hora da solidão mais profunda.

Os olhos da noite choram ao passo que sorriem as estrelas dançando à melodia da brisa mansa, enquanto a lua pede abrigo em seu quarto minguante.

Os sóis falsos da noite são como pêndulos nos postes da avenida escura que se perde ao longe, onde a praça deita suas recordações nos bancos vazios de onde a solidão se levanta arrastando-me como se fosse dona de mim.

Uma lágrima grossa dorida faz um córrego em minha face.

Só as lembranças do passado sambam alegres diante de mim formando um lago onde a saudade abraçada na solidão me afogam.