CAMA QUENTE
Todo o sorriso que morre tem que renascer da última lágrima... Porque o amor só pode ser chuva quando refresca e sol quando nos aquece... Mas de pouco serve se numa tempestade não fizer dos braços guarda-chuva para nos abrigar e se dos girassóis desfolhados não guardar uma única semente... Toda a magia se extingue quando o olhar desconhece o que era uma sombra de nós mesmos de tanto a vermos ao espelho... Depois sopramos o pó que ficou nas lembranças e nas marcas que ainda parecem querer perfumar a pele... Trocamos no tempo de rosto... Vincamos decisões e explicações sem nada saber para além de uma taça de vinho envelhecido.... Ironicamente sentimos que estamos mais sóbrios do que nunca e mergulhamos no desconhecido outra vez cheios de coragem... A nos desnudar em uma cama quente. A espera do amor fervecente...