Todos têm uma razão para viver
Paul Stanley estava certo, quando proclamou:
"E eu senti uma mudança na minha vida,
Eu naveguei por noites obscuras e intermináveis
E sobrevivi!"¹
Foram noites sem fim, na escuridão da alma. Eu pensava que nem voltaria mais
Para a superfície.
Bem no fim, quem diria: cheguei lá.
Não como eu imaginava ou esperava,
Não como eu queria ou desejava,
Mas, consegui alcançar. Alcançar. Veja, eu jamais
Queria que ocorresse o que aconteceu, mas, estava envolto eu entre imundície
dos outros, entre seus crimes e narcisismos - gente de bem?
Logo, não tenho o que esperar mais a não ser mergulhar
na razão de viver que adquiri para mim, sem mais olhar
para trás, mas, retomar a expedição para minha secreta Xangri-lá,
o local onde eu mesmo determinei para minha alegria e meu fim.
Afinal, todo mundo tem uma razão para viver, meu bem.
Só não pode ser algo a perder. Porque a vida não perdoa a ausência de alma no manequim.
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¹ KISS. "Reason to Live", álbum "Crazy Nights", 1987.