Defunto
Está alí. É só pegar, manusear no delicado.
A dor da saudade.
É sugerido, vestir a couraça antes.
A certeza de que sairá vencido no diálogo com a morte, caso queira degustar do cálice servido por ela.
Não viver a saudade, magoado pelo fato de que o ente querido não deveria ter ido, que era para estar aqui. Que foi cedo demais!!.
O ente querido foi-se, e pronto!
Vestindo a couraça, adentrando no mundo das quimeras, e das lembranças.
Do, que saudade! Da voz, do sorriso, do quê dele, dela!
Quando se ama aquele que foi-se, partiu desta para outra, viver a saudade, vem tudo, o cheiro, o aspecto, o avesso e o verso do falecido.
Impressionante!!! Vem tudo à mente.
Parece doença, que não se cura.
Sabemos que o ente querido partiu, não está conosco mais. Mesmo assim, vem tudo Dele, vem tudoooo!
O bom e o ruim. Nada escapa.
Mas o amor, aquilo que sempre nutrimos, mantém-se. Só que, flagrado numa dor vencida, a de que vivemos sem ele nesta vida.
É preciso muita arte para ressignificar este quadro patético, insosso, fúnebre, sem alento.
Contudo, depois da ida do finado. Ente querido. Ressignificar, envolve aceitar.
Ou faz as pazes com o Espírito Maior, de que é isto mesmo. Que cumpra a sua vontade, assim na terra, como é no céu, ou ...
Não se vive. Vegeta.
Saudade de papai...