ESCREVEREI POEMAS NAS ESTRELAS.

 

 

 

A dúvida tem um papel fundamental de abrir brechas na fortaleza das certezas imaginárias”.

 

 

 

Em função do que disse um dia, a Doutora Maria Rita Kehl, uma psicanalista de renome e de profundo saber da psique, consequentemente  arguta conhecedora das emoções humanas, por isso,  eu esse pobre e mal chamado poeta, pela minha vez, resolvi agora que vou escrever em breve poemas nas nuvens.

Escreverei sim poemas para a minha mulher amada, aquela que é desmesuramente amada, para que o mundo todo  fique sabendo sem o caráter do conservadorismo e  do indesejável sigilo dos hipócritas, pois que a amo com todas as forças do meu ser.

Será uma forma tresloucada e linda, de dizer a todos do meu amor por essa mulher, e também para que ela possa mensurar o quanto eu a amo infinitamente.

E para que todos vejam nitidamente podendo lê-los com facilidade,  eu escreverei os ditos poemas com os recursos moderno do Néon ou com os feixes de laser a cristal colorido, exatamente sob aquela abóbada formada pelo arco-íris, o arco senoidal multicolorido, um verdadeiro delta policrômico da invisível luz.

Entretanto, se realmente eu vier a fazer essa tal loucura, não será porque eu não acredito no amor da mulher que é demasiadamente amada, e nem tão pouco por insegurança do meu próprio amor, mas sim pela simples razão, para que, a Urbi et Orbi saibam do nosso amor.

Porque de desgraças como a guerra, a fome, a pobreza, as doenças, as invasões bárbaras de territórios como o Iraque e o Afeganistão, o terrorismo no oriente médio, o surgimento de novos caudilhos no século 21 nas Américas; nada mais justo do que mostrar ao mundo que apesar desses deletérios eventos, ainda existe muito  amor nos seres humanos.

Aliás, o amor é a maior e a mais rica experiência que o ser humano pode vivenciar nessa transitória vida.

Certa vez eu disse a ela que atravessaria o Atlântico a nado para demonstrar o meu amor, agora, eu quero  fazer  algo mais louco é inédito e totalmente possível.

Acreditem no que estou dizendo e me propondo!

Pois será totalmente possível escrever poemas nas nuvens, transformando-as em páginas aéreas, um verdadeiro livro virtual de domínio público e mundial.

Cujo ISBN será infinito e misterioso, pois ele será lido por todos os humanos e poderá até ser copiado sem ser considerado plágio, inclusive e até, por inteligências extraterrestres se existirem, é claro.

Escreverei assim:

 

Luzbel eu te adoro, isso é um fato!

Luzbel eu te amo, isso eu confesso!

 

Por Deus, eu juro sem pecar que, se mesmo assim não acreditares no meu amor, as letrinhas que eram coloridas eu transformarei em chuva de confete.

Isso para que, com essa  minha última homenagem, eu possa te  lavar candidamente com as minhas palavras liquidas que eram uma confissão de amor, agora caídas diretamente e milagrosamente do céu.

E, se assim for, eu não saberei mais se tu estás em mim ou, sou eu é que estou eternamente em ti.

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 26/12/2007
Reeditado em 28/12/2007
Código do texto: T792084