Luz narcótica
Talvez vivamos numa ilha, ou talvez numa fantasia,
Abrimos os olhos cegados por esse egoísmo cheio de fadiga e febre, em doces dias recolhemos entardeceres compreendendo o mundo e nossa inferioridade,
Talvez a natureza com seus ecos guardados em impulsos furiosos destrua nossa indigna e decrépita ignorância,
O horror miserável devora sonhos e depois regurgita uma luz narcótica que ilumina apenas o suficiente,
Amanhecem días espléndidos com histórias que se estendem por séculos de parábolas e letras, com alfabetos e martelos que trabalham imprimindo o tempo,
Talvez a verdade não responda todas as perguntas,
Talvez não existam respostas...