Luz narcótica

Talvez vivamos numa ilha, ou talvez numa fantasia,

Abrimos os olhos cegados por esse egoísmo cheio de fadiga e febre, em doces dias recolhemos entardeceres compreendendo o mundo e nossa inferioridade,

Talvez a natureza com seus ecos guardados em impulsos furiosos destrua nossa indigna e decrépita ignorância,

O horror miserável devora sonhos e depois regurgita uma luz narcótica que ilumina apenas o suficiente,

Amanhecem días espléndidos com histórias que se estendem por séculos de parábolas e letras, com alfabetos e martelos que trabalham imprimindo o tempo,

Talvez a verdade não responda todas as perguntas,

Talvez não existam respostas...

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 22/10/2023
Reeditado em 23/10/2023
Código do texto: T7914642
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