Encanto da Solitude
Esperei a voz do amanhã me acalmar, aquela que murmura nos bambuzais e traz para mim o encanto da solitude.
A solitude me faz regressar ao caminho, no compasso das notas da minha alma, o passeio no tempo em que eu estou de mãos dadas com a minha suavidade.
Esperei a voz do amanhã, a voz do sol aquecendo os meus pensares. Esperei o vento despertar as margaridas plantadas no beiral da jornada, para honrar o sol do livro silencioso nas vertentes da minha poética interna.
O presente faz acrobacias nas chuvas ou no sol, no inverno ou no verão e perpetua todos os efeitos nos campos vastos da saudade, sem se importar com os brocados das emoções, tudo fica arquivado nas estórias das estantes.
E assim no futuro os papeis se transformam em lembranças. Então ali se transmutam em pergaminhos preciosos que serão em algum momento, em rodas de celebração, despertados como estórias das estantes.
Enfim onde serão relatados como momentos dourados de um tempo precioso da jornada.