Copia da farsa
Não tenho nada contra
Quem tem opinião própria
Mas nem é o caso
Dos extremistas idiotas
Assim era o tal de Mario
Que toda rebeldia juvenil
Fora apenas dopagem
Do grêmio estudantil
Ele ainda era muito imaturo
Para ter uma opinião
Mas acreditava cegamente
Na utópica revolução
Botou a mão na arma
E se tornou guerrilheiro
O cérebro do extremista
Localiza-se no peito
Foi nesta época que
Com toda mediocridade
Perdeu de vez a sua
Tão caótica identidade
Ao ver aquele sindicalista
Aglomerando operários
Enfrentando de corpo e alma
Os capitalistas empresários
Dali para frente
Esta seria a sua trilha
Torna-se copia perfeita
Daquele sindicalista
Fez curso profissionalizante
Para se tornar operário
Logo conseguiu o que queria
Ser o presidente do sindicato
Quando o sindicalista casou
Ele decidiu também casar
Sabia até a hora exata
Que deveria defecar
Quando o sindicalista formou o partido
Ele foi um dos primeiros a se filiar
Quando o original tentou a presidência
Mario tentou prefeito se tornar
Mario ate que podia
A prefeitura ganhar
Mas com a derrota da original
Decidiu ao trono abdicar
O mesmo aconteceu
Na outra eleição
Mario poderia de novo vencer
Mas de novo disse não
O sindicalista ficou cansado
Tinha fome de poder
Vendeu todos os seus ideais
Para conseguir vencer
Com toda publicidade fez
A carta ao povo brasileiro
Dali para frente ele se tornou
Fantoche dos marqueteiros
Mario até se chocou
Com a cuspida na ideologia
Mas acreditava na nova ordem
Copiou com toda hipocrisia
O candidato fora até capaz de
Forçar choro na televisão
Mario seguia o seu caminho
Fazia pacto com deus e com o cão
Assim o resultado
Foi mais que surpreendente
Mario se tornou prefeito
E o sindicalista presidente
Finalmente chegava ao poder
Um homem do povo
Mesmo que só usasse importado
E não comece mais pão com ovo
Bem que disse o presidente
A experiência o deu equilíbrio
Seguiu para o caminho pop “o centro”
Não era mais um esquerdista ridículo
Como é triste ver
Um idealista morto
Uma farsa usada pela maquina
Para iludir o povo
Fora à corrupção no partido
E tanto corporativismo
Tantas medidas demagógicas
E tanto populismo
Que Mario um ser mais sensível
Decidiu sua vida mudar
Disse que a partir daquele momento
Não iria mais o presidente copiar
Foi bem neste instante
Que deu no plantão
Que o presidente havia
Morrido de ataque do coração
Mario não pode acreditar
E ficou a tal ponto aflito
Que ainda não estava tão livre
E também morreu de ataque cardíac