A Prisão é Um Veneno (Parte 1)

A prisão, nesse intrincado emaranhado da existência, revela-se um veneno sutil, um elixir amargo que se infiltra nas veias da vida. À medida que o tempo tece sua trama, a beleza efêmera da existência se desdobra diante dos olhos. As estrelas, sempre fiéis, pontilham o firmamento, e cada brisa fugaz acaricia o semblante, retornando como um suspiro passageiro.

A figura observada é de uma beleza intrigante; nos olhos, avisto a centelha da esperança, e no coração, as virtudes entrelaçadas. Cada passo, uma jornada em direção a momentos sublimes. Em suas buscas, ansiava pelo próspero, mas à sua sombra sempre pairava o caminho mais fácil. Lidar com as facilidades e as dores resultantes de suas próprias escolhas tornava-se uma tarefa árdua.

O destino, outrora resplandecente, transformou-se em um espetáculo desbotado aos seus olhos, mas mantinha sua beleza aos olhos de quem observava. Desejos infindos e necessidades inúmeras ecoavam na alma, e, na embriaguez do destino incerto, agora se via recorrendo ao amparo do álcool e das drogas. A vida persistia em sua beleza aos olhos dos espectadores, enquanto os relacionamentos, inicialmente impregnados de sentimentos nobres como amor e paixão, tornava-se o bálsamo que ameniza a dureza da existência.

Contudo, não seria sensato esperar que o caminho fosse pavimentado apenas por rosas. Encontram-se, inevitavelmente, personalidades detestáveis, e quando se percebe, já não há parâmetros claros para discernir se o mérito inicial cedeu lugar ao merecimento atual. As complexidades da vida, outrora simples, agora desafiam a compreensão. Nos meandros de relacionamentos efêmeros, a busca por estabilidade se transforma em anseio, e, na voragem desse desejo, as escolhas parecem ceder a um padrão mais baixo.

Ao fim de uma existência vivida, a interrogação persiste: o que, afinal, merecemos após atravessar os intricados caminhos da vida?

hewie
Enviado por hewie em 13/10/2023
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