" Ela errou "
Ela errou quando o beijo não arrepiou, quando os lábios se tocaram sem acenderem o fogo que repousava na alma. Foi como uma canção desafinada, uma dança sem ritmo, onde as estrelas se recusaram a dançar em seu compasso. Os olhos se encontraram, mas não houve faísca, apenas um silêncio constrangedor entre os suspiros que não foram trocados.
O erro não estava nos lábios que se tocaram, mas nas emoções que não se encontraram. Faltou o calor que derrete os corações de gelo, a eletricidade que percorre a espinha quando os dedos se entrelaçam. O beijo era apenas uma sombra do que poderia ter sido, uma promessa não cumprida, uma história que ficou perdida nas entrelinhas do destino.
Ela errou ao acreditar que o beijo poderia ser apenas um gesto, uma formalidade sem profundidade. Mas o beijo é mais do que isso; é a linguagem dos apaixonados, a poesia dos amantes, o elo que une almas afins. Quando o beijo é verdadeiro, ele arrepia a pele e ecoa na eternidade, deixando uma marca indelével nos corações que se tocam.
E assim, ela aprendeu que o beijo não é apenas um encontro de lábios, mas um encontro de almas. O verdadeiro beijo é uma obra de arte, é o suspiro da alma traduzido em gestos, é a confissão silenciosa de um amor profundo e genuíno. Ela errou ao subestimar seu poder, mas agora, ela sabe que um beijo, quando verdadeiro, é capaz de mover montanhas e acender estrelas no céu.
Diego Schmidt Concado