" Ela tentou "
O erro não estava nas roupas que ela usava, nem nos cortes de cabelo que tentava imitar. O equívoco era mais profundo, mais sutil. O erro era não ser você. Não importava quantas peças de roupa ela trocasse, ou quão habilmente imitasse seus traços, ela nunca poderia replicar a essência única que você trazia consigo.
Ela tentou vestir sua pele, como se fosse um disfarce para esconder a falta que você fazia em sua própria essência. Tentou emular o seu sorriso, na esperança de trazer um pouco da luz que se perdera com sua ausência. Mas a verdade é que não há cópia para a autenticidade. Ela poderia tentar imitar, mas nunca alcançaria a profundidade do seu olhar ou a doçura da sua voz.
No desespero de preencher o vazio que você deixou, ela se perdeu nas tentativas fúteis de ser algo que não era. A busca por algo que pudesse substituir a falta que você fazia a levou a um caminho de imitações e sombras. Mas, no fim das contas, ela descobriu que não há substituto para a genuinidade.
E agora, ela entende que o verdadeiro erro foi tentar apagar sua ausência com cópias pálidas de quem você era. Ela percebeu que a beleza estava na diferença, na individualidade que cada pessoa traz consigo. No fim das contas, ela aprendeu que não há nada mais precioso do que ser autenticamente quem somos, mesmo que isso signifique enfrentar a saudade de um amor perdido. Pois a verdadeira beleza está na aceitação de nossas próprias imperfeições, na capacidade de abraçar a nossa singularidade, mesmo quando o mundo nos faz sentir que precisamos ser diferentes.
Diego Schmidt Concado