Posses
Tenho encarado o mundo
pelas lentes do cansaço.
Diluído o absurdo
no solvente da rotina.
Pensado em tudo,
menos no que se deveria.
Confabulado um adeus
ao mofo das convicções.
Procurado nas brechas
algo que me ponha em cláusulas.
Clamado por apelos
e delirado irracionalidades.
Tenho tanto,
mas tateio o nada.
Basta dormir
e o mundo faz-se tudo.