Não se evita o inevitável
Cercada de livros, escreve, o que a faz sentir...
Escreve que a saudade a atormenta, que os beijos fazem falta
Que o corpo quer e a alma entende...
Escreve que não, não se evita o inevitável,
Apenas se adia, mas evitar, nunca.
Há momentos que se fazem necessários
Para que o inevitável aconteça.
Momentos de reflexão, de dor, de saudade
Momentos de Amor intenso explodindo pelos olhos
Momentos de autocomiseração, de desespero
Até que chega o momento da epifania.
Tem medo? Vai com medo mesmo, é o que dizem.
Arrisca e vai... e Assim o inevitável acontece.
Todas as vezes que se encontram o mesmo amor volta,
Mais intenso e mais forte, e foram muitos e muitos
Encontros e desencontros,
Encantos e desencantos.
Sabores e dissabores...
Mas afinal, o que é inevitável e não se evita?
O amor que os une,
Por mais tempo que passem separados
Por mais machucados que saiam
No retorno, quando se encontram de novo
O amor que levam e mantêm
O mesmo amor adolescente
O amor bobo que faz chorar de felicidade
Que faz rir o dia todo, aquele risinho bobo
Que faz lembrar o toque sutil
Das almas que se encontram
Ressurge com força total...
Mas acabou o tempo das idas
O tempo deles é agora
É presente e é Futuro,
Sem mais passado, passou...
Enfim o Amor ficou.