Mural da hipocrisia

Trago marcas,

Gritam as cicatrizes.

Não na pele,

E sim, na alma.

É fácil pedir calma,

Quando a tormenta -

Não se faz ameaça.

Volúvel estado transitório,

Rasga a essência.

Paralisa, descrédito,

Trás o medo.

Aniquila a prosperidade,

Infinita dualidade.

Não sou perfeita,

Humanização em falta.

Trágica inversão de valores,

No mural da hipocrisia -

Estampada estão as dores.

Horas densas, a imensidão,

O amanhecer traz a luz.

Por aí, estão os gatilhos,

Em qualquer lugar.

Por trilhos ou esquinas,

Energia pesada, rarefeito ar.

Ao anoitecer, manhã descortina,

Impossível olhar no espelho.

Enquanto, passa o tempo,

Através do descontentamento.

Nuvens poluídas, propensas,

Encobre o céu estrelado.

Quais crimes ou pecados?

Ínfima incompreensão,

Absurdo, a indignação.

À espreita os riscos,

Jogando-nos no buraco.

Vegetando, estado terminal,

A sociedade, enraizando o mal.

Surgem as ervas daninhas,

Ao abismo se caminha -

Ágeis zumbis, perde-se a linha.

Negacionistas de fato,

Emoldurado o retrato.

Numa sarjeta qualquer,

Em busca de prazer.

Cultura duvidosa, baixo calão,

Merecedor, qual a contribuição?

Seres rastejante de plantão,

Na mídia, fome por validação.

Forma de entretenimento?

Ou emburrecimento em massa?

Aglutinando a manipulação,

Ao tal governo a subordinação.

Século XXI, Santa inquisição -

Pensamentos diferentes,

Diversificando o contexto.

Desperta os incautos,

Alquimia, poder da regeneração.

Fortalece o elo de ligação,

Ao sobrenatural a conexão.

Alcançaremos a comunhão?

***

Blog Poesia Translucida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 02/10/2023
Código do texto: T7899310
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