Seu navegante

Eu sou o seu navegante, sob o sol nascente nas águas serenas

Cruzo oceanos em busca das histórias que o destino ordena

Com velas tingidas pelo tempo, lanço meu ser ao horizonte

Em busca de encantos ocultos, algo que a vida apronte...

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No distante horizonte, onde céu e mar se abraçam com fervor

Sigo minha odisseia, sendo apenas um espectador

As estrelas no alto são meus guias, a lua minha fiel guerreira

E ao som das ondas que sussurram, minha alma se faz inteira.

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Com mãos calejadas pelas marés, arremesso minha âncora com ardor

Aguardando com a paciência de um navegante a dança do esplendor

E quando, ao menor sinal, sinto o mar revelar sua emoção

Trava-se uma batalha de destinos, um duelo de coração.

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Eu sou o seu navegante, guardião dos segredos do mar profundo

Conheço suas correntes, seus mistérios, seu eterno encanto fecundo

E quando retorno à costa, trago o fruto da minha demanda

Um presente do oceano, uma dádiva que a vida comanda...

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Assim, eu sou o seu navegante, na eterna dança do vai e vem

Entre as águas e a terra, entre o sonho e o além

Nas profundezas aquáticas, nas histórias que a vida me traz

Eu sou o seu navegante, e esta é a minha paz...

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[Celebrando a relação entre o ser humano e o mar_amar, espectador em sua própria odisseia, aguardando pacientemente os sons do silêncio, na expectativa de retornar do eterno encanto fecundo com frutos de sua aventura, como uma dádiva da vida.]

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MMXXIII