como uma onça

Mamei com voracidade o peito desnudo,
Do apojo a última gota;
Do colostro o gosto aguado, purgativo e pouco nutritivo.
Pra em seguida sugar um líquido branco, sabor salgado e saboroso,
Saído das entranhas da  mãe;
Que me nutria com todos os igredientes fundamentais;
Que me manteve vivo;
Que me deu imunidade;
Sagrado leite materno;
Desmamei  em idade do leite em pó;
E quando dei por mim, já era uma criança balofa;
Sem querer desmamar;
esperniava, - eu quero meu peitinho!
Não quero leite ninho;
Mas leite de peito;
E com voracidade de um bezerro faminto;
Queria sugar aquilo que era alimento e sopro de vida.



 
Labareda
Enviado por Labareda em 23/12/2007
Reeditado em 28/02/2017
Código do texto: T789809
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