A força da saudade
"A Força da Saudade"
Quando a saudade, suave brisa a me abraçar,
Deixa-me pairar no silêncio, a flutuar,
Não sou prisão fechada; sou horizonte a desvelar,
Não voltarei atrás; a vida não se resolve a recomeçar.
Em mim, o universo é eterno a ecoar,
Senhora do meu ser, sem laços a sufocar,
No olhar que lanço, moldo meus destinos,
Seguirei adiante, sob o luar que me ilumina.
Onde mágoas se dissolvem, no ar a se esvanecer,
Em meu peito, chama ardente a florescer,
Ergo-me quando a vida parece ceder,
Não pensarás que tudo se resolveu.
Dona do meu caminho, da paz que persigo,
Mágoas e desilusões não são meu abrigo,
Em meu peito, chama eterna acesa,
Que me ergue, mesmo quando a vida tropeça.
Seguirei adiante, na busca da quietude,
Esquecendo as mágoas, sem atitude rude,
Em meu peito, fogo resiliente e constante,
Ergue-me, mesmo quando o mundo é distante.
Na senda da vida, com coragem e razão,
Vou desbravando, persistindo, sem ilusão,
Com a força que brota, inquebrável e serena,
A saudade não deterá minha cena.
Rô Montano___________ ✍