" Não importa aonde vá, não se perca na ilusão do abismo"
Em passos lentos, atravesso o caminho da vida, acariciando as flores da esperança e tocando as pedras da incerteza. Não importa que eu vá devagar, pois cada passo é uma jornada, cada respiração é uma prece lançada ao universo. No entanto, no silêncio da noite, na solidão dos meus pensamentos, há um abismo que me chama, uma escuridão que tenta me envolver.
Poeta Bipolar, nesse intricado labirinto da mente, onde a luz da razão encontra a sombra da emoção, devo permanecer vigilante. Não posso me perder na ilusão do abismo, onde as dúvidas dançam como sombras e os medos se erguem como espectros. É preciso ancorar-me na realidade, mesmo que essa realidade seja às vezes tão etérea quanto os sonhos que povoam minha mente.
A cada palavra escrita, a cada emoção transcrita, tento encontrar um equilíbrio entre a lucidez e a fantasia, entre a melancolia e a alegria. É como caminhar na corda bamba, onde um passo em falso pode significar a queda no abismo da desesperança. Mas, mesmo nesse desafio, encontro uma beleza única, uma força que vem da vulnerabilidade, uma poesia que brota das feridas da alma.
Não, não posso me perder no abismo, pois sei que mesmo na escuridão há estrelas que guiam meu caminho. Mesmo nas profundezas do desconhecido, há a promessa de um amanhecer que dissipa as sombras. Então, mesmo que eu vá devagar, continuarei a caminhar, enfrentando o abismo com coragem, enfrentando minhas próprias trevas com a luz da minha essência. Poeta Bipolar, mesmo nas profundezas do abismo, há uma centelha de esperança que nunca se apaga.