Incoerências
Não há nenhum intimismo em mim...
Tão pouco requintes para escolher as palavras, já não me importo se versos e estrofes se combinam, minhas mãos que repentinamente apenas teclam sugerindo as palavras em vão de um tumultuar tempestivo de minha mente.
A gente sente, pressente mas a tempestade
nos persegue, mesmo numa noite de sol, sim, numa noite com sol azulado como num desenho infantil, aquela nuvem insiste em pairar sobre a minha sórdida atordoada cabeça.
E você me surge assim, como um remédio sem receita, uma droga milagrosa com a sua promessa de cura em teu sorriso prostrado, quase fleumatico, afinal e sem saber vai juntando com tamanha mansidão os meus caquinhos que nem eu mais sei onde estão...
E a gente caminha num horizonte tão igual embora de mãos separadas, tortuoso e inócuo é o meu destino, mais uma vez brincando de me fazer sonhar feito um menino... Bem na hora do adeus.
Amanhã, na Quarta ou na semana que vem, impreterivelmente terei que dizer adeus ao teu convívio e os teus cabelos de cor rubra que lentamente desaparecerão da minha memória entre os lamentos que embriagado outrora perguntarei...
Em que esquina da vida eu estava quando me atrasei pra pegar o bonde? Onde sorrindo assim tão linda, você viajava...
Continuo remando sem parar em meu barco a caravelas...