Surrealismo do tempo
No reino onírico da existência alada,
O tempo, ente etéreo, maestro abstrato,
Dirige uma máquina molecular, sagrada,
Bioplasmicamente tecendo seu ato.
Viajante solitário em traje efêmero,
Ego, por entre as estrelas, parte e desvela,
Na estrada da decisão, caminho extremo,
Sob o olhar atento do tempo, que revela.
A carroça molecular, veículo incerto,
Tece no éter a trama do destino,
As escolhas do ego, num constante concerto,
Desenham os fios do nosso destino divino.
E o tempo sorri, com faces múltiplas,
Observa o viajante, ora sorrindo, ora triste,
Pois no teatro do ser, somos suas pupilas,
Cada escolha periférica, um gesto assiste.
Nesse surrealismo que a mente concebe,
O tempo dança na maquina molecular,
E o ego, em sua jornada breve,
Define seu destino, destino singular.
No palco da vida, o surreal se desenha,
Na dança das escolhas, na estrada infinita,
O tempo, o ego, a bioplasma estranho,
Tece-se a trama que o ser habita.