"Não saia da linha, garotinha!"
E essas palavras ecoavam na minha cabecinha de menina... Que linha!? me perguntava eu... confesso que me esforçava pra encontrar a tal da linha em todo lugar em que eu estava... e nadinha da linha.
E as palmadas... quando da linha - que eu nunca encontrava - eu saía? Pá... pá... "isso é pra você aprender a não sair da linha".
E o tempo passou... alguém a linha pra mim encontrou?
Poix, poix... demorô mas descobri o que era a tal linha que nunca vi.
"Ande na linha!"
Sim, sim... tenho certeza de que todo mundo já ouviu... e, como eu, da linha saiu... e não é!?
Imaginava e ainda imagino today: uma linha estendida de um ponto qualquer a outro ponto qualquer... estendidinha... está lá... ninguém a vê, mas todo mundo sabe que está lá...
até porque cada um põe a linha onde quer... e a linha que quiser... é um emaranhado de linha de dar dó.
Pois é... há milhares de linha pra você de ela (não) sair... foi o que acabei por descobrir....
E hoje - que sei bem de que linha todo mundo fala - eu... que sou bem dona do meu nariz tenho é, milhares de centenas de vezes, vontade de fazer com a linha o que bem quiser... andar na linha... desandar na linha... me equilibrar com um pé só... dar no pé... me desequilibrar... pro lado errado pular... no chão me estrebuchar, o nariz quebrar
não importa nada mesmo...
depois é só consertar.
A linha... coitadinha... tão falada... está tão esgotada e o pior é que ela não tem culpa de nada.
Saio da linha, sim... de todas elas, se eu quiser...
mas assumo as consequências e tenho a decência de me desculpar se, ao quebrá-las, alguém eu machucar ;)