CEREBRAR A POESIA...

Cativa-me a palavra despida de regras.

Nua A estigmas inventados nos engenhos do preconceito linguístico.

Língua é invenção a ser sempre reinventada.

É criação do homem-deus.

Falo-me da língua da linguagem,

Falo-te da comunicação do comunicante.

Desimporta se nascida do homem-mato,

Despreocupa se nascida do homem-cidade...

Urge que a poesia seja cerebrada na legislação da liberdade,

Perpassada pela máquina dos sentidos,

E não hibernada.

Precisa sair do chão, dos lugares, das imagens, das coisas…

Cerebrar as visões do mundo,

Transitar o cérebro e ser processada à emoção.

Cerebrar… cerebrar é palavra-luz.

Desimportam sintaxes tortas, se o que vale é criar.

É lei que poesia deve causar...

Poema sem emoção é lugar comum,

É porta, é pedra.

Luís Carlos Freire
Enviado por Luís Carlos Freire em 24/09/2023
Código do texto: T7893013
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