Espinhos prateados
Há um boato de que estou louco, mais e que ainda escuto pequenas vozes escondidas que me chamam, mais tudo muda quando giro em devaneios e começo a devorar teu amor,
Há um boato de que sou nômade e desabitado, entre meus espaços existe um litoral solitário que me envolve nessa vasta areia de solidão e vento,
Há um boato de que estou repleto de monstros e mostruários que fermentam num espiral misterioso de linhas mal escritas, sou o caminho na pedra, a cólera serena do fogo, um arquipélago gelado de frustrações.
Há um boato de que persigo esses espinhos prateados e de que ainda fico imóvel e misterioso, talvez aquelas portas ainda não foram abertas, talvez comece tudo de novo,
E que ainda não acordei desse sonho...