Capítulo...

 

Mal finda a madrugada, vinga o Sol amarelo

Balançando no pêndulo do relógio de parede da sala.

 Pinga sonoro o sino da matriz   seis suaves badaladas

 

Pode ser uma imagem de horizonte, crepúsculo, estrada, árvore e rua

 

Despertado o dia, toca o sino redobrados convites para a Missa matinal.  Nem todos vão. Muitos ainda, sequer, despertaram do sono de ontem.

A hora avança.

Termina a Missa.

Minutos depois, a campainha da casa toca.

Ravenala apressa–se.

– Bob! Pensei que fosse o carteiro...

– Não te trouxe uma carta. Trouxe isto!

– Bolo de festa?

– Comprado na padaria.

– Mas hoje não dia do teu aniversário.

– Ontem, foi o aniversário de minha mãe.

– Quantos anos dona Elide fez?

– Ela não diz. Mas, se tenho 15...

 

***

Adalberto Lima

Trecho de um capítulo do livro "Estrela que o vento soprou"