O Silêncio
Naquela tarde dourada, na praia tranquila onde as ondas sussurravam segredos milenares, encontraram-se dois viajantes da alma: Serenidade e Reflexão. Sentaram-se na areia, e o silêncio acolheu-os como um amigo antigo.
Serenidade, com olhos que eram portas para um universo de mistérios, olhou para o horizonte e disse: "O silêncio é como um vazio cheio de significado, uma paleta onde nossas almas pintam as cores de nossos pensamentos mais profundos."
Reflexão, sábio e contemplativo, assentiu e respondeu: "É no silêncio que encontramos as respostas para perguntas que nunca ousamos fazer em voz alta. É a língua das estrelas, a música dos ventos, a dança das folhas ao sabor do tempo."
O sol começou a se pôr, lançando tons de laranja e rosa no céu, como pinceladas de um artista cósmico. Serenidade olhou para as ondas que beijavam a praia e continuou: "O silêncio nos lembra da impermanência da vida. É como a maré, sempre em movimento, sempre mudando."
Reflexão sorriu e acrescentou: "No silêncio, encontramos nossa verdadeira essência, além das máscaras que usamos no mundo ruidoso. É onde descobrimos a conexão com o universo e com nós mesmos."
E assim, naquele momento de profunda contemplação, Serenidade e Reflexão compreenderam que o silêncio não era ausência de som, mas sim a presença de algo maior, algo que transcendia as palavras. E ali, na praia tranquila, eles encontraram a paz que só o silêncio pode oferecer.