Quinze para às Três
Minha poesia não tem igreja,
por isso beijo tuas mãos,
horizontais do tempo
precioso desse teu
tão raro existir.
Ainda olho, desse canto, um
espanto, ao ver prender,
assim só desprendida
preciosa nesse teu
tão raro existir.
Careço ainda essa ausência
e não superei no sal falta
sentida vazias noites,
que preenchias tal
fosse, apliques.
Ainda revejo, ouço na alma
cada nota cada som cada
tom fosse a primeira
vez e descreio ser
derradeira vez.