A dança da saudade: memórias e eternidades
"A Dança da Saudade: Memórias e Eternidades"
Na sinfonia silenciosa das recordações, a saudade surge como um retrato, um epítome da nostalgia que dança em nossa memória. Ela não é uma mera abstração, mas sim uma entidade tangível, com rosto, nome e sobrenome, traçando suas linhas nas páginas da nossa história.
A saudade não se limita ao etéreo; ela é sensorial, como um perfume evocativo, um gosto persistente que paira no paladar da alma. É a melodia suave de uma canção que insiste em ecoar, mesmo quando o som se cala.
No âmago da saudade reside a persistência, uma vontade que teima em não se despedir. Ela é a lembrança latente que nos visita nos momentos mais inoportunos, um sussurro suave nos ouvidos da ausência.
E, paradoxalmente, a saudade é a dor que nos revela que tudo valeu a pena. É a cicatriz da felicidade, a marca indelével do que foi, e a promessa de que houve algo tão precioso que se tornou eterno na sua ausência.
Assim, enquanto a saudade nos acalenta com a doçura do passado, ela também nos impulsiona a valorizar cada instante presente, pois, no fim das contas, é o amor que semeamos que floresce como saudade no jardim do coração.
Rô Montano___________ ✍