Perfume pra um só
Após o banho, uso meu perfume preferido.
Depois de um dia de trabalho exaustivo.
No seu aroma viajo pelo meu corpo esquecido
Sem ninguém pra dividir esse cheiro do prazer
Um copo na mão, e fico a vagar pra lá e pra cá.
Sei que estou a descer e posso morrer
Na solidão de um quarto vazio.
Um violão ao canto me olha e me chama
Mas o drama de quem padece
Sabe a trama de viver esse vicio
Do amor ausente que se ama.
E me embriago a clamar
Ao som das lindas melodias
Que em suas cordas me ponho a tocar.
Sem conseguir cantar
A voz esta presa na garganta feito um nó
E no meu quarto apenas ficou
O perfume pra um só.
Autor: Crispim Aldana