A Instrução
A instrução superior pede largar, desapegar das coisas do corpo.
Tomar o lugar no pequeno barco, sair da visão 3d, assumindo os remos, e partir para Alto mar. É o grande passo.
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Pequeno detalhe que resistimos a realizar.
Depois, em alto mar, de acomodado.o Ser no assento, dentro D'Ele, o desafio é o pilotar dos remos, mantendo a atenção desperta para o campo intuitivo, de onde vem as orientações do Senhor da Carruagem.
Pensar que, no movimento das águas, por vezes, os remos são deixados, para atender os sentidos do corpo. Cruéis para cegar a Alma daquilo que estava a executar no trabalho interno e externo.
Até que tudo se reorganize, e o comando seja assumido pelo Senhor da Carruagem, assumindo, a mente consciente, o poder e a vontade para seguir no propósito?!
Demanda o relembrar das regras para continuar no caminho do peregrino.
Ir para o silêncio, e aguardar.
O sinal, como código morse, aparece.
São rememoradas as proposições pelas quais levou a alma nascer neste Planeta, e participar do sofrimento, verdade indeclinável do ciclo infindo do nascer, crescer, adoecer, envelhecer, e morrer, que todo mortal se submete.
Que tem um motivo causal, que levou estarmos aqui.
Nem vítimas, nem culpados, somos aqueles que vivem para atender ao chamado, o da Autorrealização.
E pensar que é um caminho sem volta
O oceano? Pode não-ser. O barco, e os remos, como também...
O Senhor da Carruagem, quis que fosse assim.
A Alma terá que deixar tudo fora, e tecer o corpo futuro que a representará.
Está aqui para isto.
Continuará trocando de roupa, achando que conquistou? Teve mérito para isto? São suas?
Quantos guarda-roupas terá a Alma, aquela que chegou neste tempo. A que nasceu num corpo negro, branco, amarelo...
É horripilante imaginar, que vivemos como acumuladores de coisas dentro, conceitos, valores, verdades. Sem contar as amarguras.
Doenças, que se revelam em uns mais escancarado, em outros, nem tanto. Noutros, ainda, vivem embutidas pelos fármacos oferecidos pela indústria placeba. Vivem como pão embolorado dentro, bonitos por fora.
Bendito seja o dia que adoeci...fui lembrada desde então, da pior forma, que tinha Alma.
Bendito seja o dia que libertar-me-ei totalmente da doença, da ignorância de quem sou.
Demorando uma existência, ou antes, para me curar dela, fixado estará nas tábuas do coração, o aprendizado.
Dentre tantas preciosidades que dinheiro não compra, nem elogio, nem menosprezo, nem acusações, nem menos valia, nem o título que for desta Terra, a Suprema compreensão que levarei.
A de que sou Alma Vivente, vim, e sairei daqui, como nuvem no céu.
Está dito.