Intrigante também é a evolução da vida sobre a terra. Espécies se formam, vivem, são extintas. Há milhares de espécies extintas no planeta. Desde os dinossauros e as samambaias gigantes das insondáveis eras passadas, até as espécies vegetais e animais extintas pelo desequilíbrio ecológico causado pela ambição desmedida do homem.
E se o animal Homem fosse extinto, pela própria negligência e irresponsabilidade, será que o “Criador” lhe daria uma nova chance, recriando-o? Será que Ele acreditaria valer a pena reinvestir nessa ideia? Ou daria por projeto inviável, e o arquivaria nos imensos arquivos celestiais?
Mas que arrogância a minha, querer imaginar o divino pensamento! Eu, que nem sei o que sou, de onde vim, se sobreviverei sob alguma forma! Apavora-me saber que um dia eu não existia, existo hoje e um dia não existirei mais. Sou algo entre dois nadas. Sou o clarão do relâmpago entre duas escuridões. Ou será uma única escuridão onde aparece um flash instantâneo de luz? Flash de luz é pleonasmo, mas foi assim que veio – então deixo o pleonasmo. Então já não me apavoro, pois, num átimo de tempo eu sou um facho de luz. Um átimo de tempo...
(continua)