Envelhecendo

Percebi nitidamente o quanto ainda para caminhar.

Não acredito em elogios sinceros, não aprendi a confiar em seres humanos e nesse tal “lado bom da vida”. Existe lado ruim? Se não é benção é lição, e ponto acabado.

Foi bom pra você? Claro, me iludi, me machuquei, caí, me lasquei todinha e renasci mais forte, ainda mais linda.

Foi bom pra você? Lógico!

Era um domingo de sol, ele me abraçou forte e na suavidade de um beijo com gosto de manhã ele encheu meu coração de promessas de amor eterno.

Simples assim. O bem é maior, poderoso e supremo. Paira docemente sobre todas as coisas mundanas.

Nossa… ainda tenho tanto a crescer, mesmo que pareça estar somente envelhecendo.

E crescer é desconfortável, vamos deixando os espaços e universos conhecidos e não cabemos mais em lugar algum. É preciso construir. Um outro nada onde seremos um outro tudo, quando não sei…

O texto se perde nas noites do pé de amora, na feira livre de asfalto molhado. E o trabalho de ser e existir pesa um pouco mais. Dá preguiça mesmo.

E ainda me preocupo tanto, sabe, pré ocupação, sofrer antes do tempo, ocupar um espaço que deveria estar livre para amar. Cabelo ao vento, pés descalços...

Abraçar um universo íntimo e particular, de outro ser, outras vidas, é um desafio. E ainda há muito que duvidar para questionar e sentir. E o grande aprendizado é fluir, soltar amarras e acreditar no coração. Acreditar. Confiar. Crescer…

*Si*