Balada do Grande Hotel

Olhou pela janela hoje?

Viu que a vida lá fora.

Todos vivem suas vidas pacatas de mais

A noite é a incerteza do tolo

Pensando que tera companhia

Num bar qualquer, no centro de Sp

Amantes trocando atenção por sexo

Tentando entender o que é a vida

Mensagens subliminares em comerciais de tv

Rastro de aviões no céu

Indicando que mais um amor foi embora

Ao que é a dor

Sempre querendo fugir dela

comprimidos sobre a mesa.

O corpo cheio de incertezas

Pensamentos embaralhados

Eu não te escuto, pois a música me confunde

Na verdade, quem é você

Que rolou os dados e acabou perdendo

Uma mãe com seus filhos famintos

Em uma esquina qualquer

Não tem valor para, a mídia

Meu bairro, sobrevivência urbana

É estranho mais um corpo sem vida na calçada

Sem sonho, apenas mais um

Neste grande hotel que é a vida

Todos os quartos bons estão ocupados

A varanda imunda nos espera

Tentando sair dessa selva petrificada

É estranho.

Enquanto as lagrimas teimam em cair

A chuva molha a varanda dos sofrimentos eternos

O diabo tentou e falhou

Enquanto os anjos com vergonha alheia

Sentem os astros querendo nossas carteiras e nossa atenção

Vivemos sempre tentando forçar a fechadura da porta do paraíso

Mas não é vergonha querer entrar

Neste grande hotel que é a vida

Os moveis são usados

Enquanto os melhores quartos ficam para os poucos

Ficam todos querendo a cobertura

E mesmo assim, os marginais ficam do lado de fora rindo

Apenas eles sabem, sobreviver

É apenas viver a vida sem sonhar

E para quem pensa em escapar

O diabo tentou e falhou.

Devaneios Errantes
Enviado por Devaneios Errantes em 07/09/2023
Reeditado em 13/02/2024
Código do texto: T7880322
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.