Balada do Grande Hotel
Olhou pela janela hoje?
Viu que a vida lá fora.
Todos vivem suas vidas pacatas de mais
A noite é a incerteza do tolo
Pensando que tera companhia
Num bar qualquer, no centro de Sp
Amantes trocando atenção por sexo
Tentando entender o que é a vida
Mensagens subliminares em comerciais de tv
Rastro de aviões no céu
Indicando que mais um amor foi embora
Ao que é a dor
Sempre querendo fugir dela
comprimidos sobre a mesa.
O corpo cheio de incertezas
Pensamentos embaralhados
Eu não te escuto, pois a música me confunde
Na verdade, quem é você
Que rolou os dados e acabou perdendo
Uma mãe com seus filhos famintos
Em uma esquina qualquer
Não tem valor para, a mídia
Meu bairro, sobrevivência urbana
É estranho mais um corpo sem vida na calçada
Sem sonho, apenas mais um
Neste grande hotel que é a vida
Todos os quartos bons estão ocupados
A varanda imunda nos espera
Tentando sair dessa selva petrificada
É estranho.
Enquanto as lagrimas teimam em cair
A chuva molha a varanda dos sofrimentos eternos
O diabo tentou e falhou
Enquanto os anjos com vergonha alheia
Sentem os astros querendo nossas carteiras e nossa atenção
Vivemos sempre tentando forçar a fechadura da porta do paraíso
Mas não é vergonha querer entrar
Neste grande hotel que é a vida
Os moveis são usados
Enquanto os melhores quartos ficam para os poucos
Ficam todos querendo a cobertura
E mesmo assim, os marginais ficam do lado de fora rindo
Apenas eles sabem, sobreviver
É apenas viver a vida sem sonhar
E para quem pensa em escapar
O diabo tentou e falhou.