Um até...
Então a voz se emudeceu,
as palavras evaporaram e voaram com o vento.
Se esgotou tudo o que antes transbordava, tornando-se seco e vazio.
Já não havia o que se dizer, e a inspiração ficou escondida em um canto qualquer por não saber mais como fazer o seu trabalho, inspirar.
E por mais que se procurava por sentimentos vividos, para então trazer a tona tudo que um dia sempre esteve lá, com tanta intensidade e fácil acesso, não conseguia libertar da prisão, da falta deles.
Um bloqueio, um não sei o que hoje toma parte da mente, impedindo as palavras de jorrar pelo dedos, e formar uma linda cascata de poesias.
Indo em busca do que perdi.
Das palavras que hoje já não me cabe tão bem.
Quando estiver limpa e sóbria dessa nuvem escura que sobreveio no céu da minha mente, que tudo for claro, livre de tempestades, me venho a dedilhar palavras e sentimentos.
Até!