Quem há de querer esquecer a própria feitiçaria de uma história única?

Meu deus espalha alegoria sobre a terra, o tanto de perfumaria que minhas vistas acompanham.

Acolho de um tudo e mais um cadinho de miudeza bandida.

Eu ia dizer miudeza pagã, mas meu deus me banhou em água benta e isso me tirou um pouco do brilho que a magia concede aos maculados.

Meu deus conta o tempo nas formas dos objetos, faz chacota de quem só aprecia o que é novo, e se apieda dos desmemoriados, porque deles já se foram cheiros, presenças e fardos.

Só há o esquecimento agora, mas isso é fatalidade. Não é renúncia.

Quem há de querer esquecer a própria feitiçaria de uma história única?

@literuaitura