Peregrino da esperança
Pra onde andas ó garboso infante?
Das terras aplainadas em planícies prolongadas;
Da peregrinação incerta pelo morro dos ventos uivantes.
Tua peregrinação é teu chamado , tu és cidadão do infinito,
Andas na dependência da luz dos astros a noite.
Pra onde vais? Tu és caminhante das montanhas ensolaradas durante o dia.
Vagueias no ritmo de nuvens esparsas!
Densas e frágeis espargindo-se pelo topo dos morros.
Queres encontrar Deus nas distantes galáxias?
Na peregrinação noturna no brilho das estrelas?
Lá está uma silhueta na escuridão; deserto em pontículos luminosos da leitosa de
Andrômeda.
Em plena jornada no deserto... Lá vai o peregrino da esperança
Com mochila nas costas... Vai, na espera de uma nova noite de caminhada...
Enquanto isso a madrugada adentra, não dorme... Caminha! enquanto isso, espera pelo dia pra poder dormir.