Um dia qualquer de agosto no hemisfério sul
Eu dormir com as palavras
De um sonho bom no domingo a tarde
As borboletas cantavam no frio do inverno
Azul era a previsão do tempo
As margens de uma perna de mar
Atravessavam o meu horizonte
Com os pés no chão de areia solta
A canção lá fora,
Um quadro pintado visto de uma janela aberta
Um sol tímido esbranquiçado
Coberto por um final de tarde de cores apáticas.
Escondido dentro de uma caixinha de musica
E alguns retratos nada enquadrados
Sobre uma lã aconchegante
Mas que deixava o frio escapar .
Nas lacunas da manga da camisa
Do coração sem abraços
Das mãos que não se encontraram
Por falta de afetos
Por falta de cuidado
De um xicara de café quebrada
Que tem alguns invernos
Que não foi trocada.